VIVÊNCIA CULTURAL
SHANENAWA E HUNIKUIN
JARDINS GUESTHOUSE
1° RETIRO CULTURAL
- Comitiva Morada Nova (Shanenawa) e Aldeia Pinuya (Huni Kui)
Local: Jardins Guesthouse (@jardinsguesthouse)
Rio Branco - Acre
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PROGRAMAÇÃO:
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Dia 15/07 (Quinta-feira).
17h: Chegada da comitiva Shanenawa e dos participantes.
19h: Jantar.
21h: Apresentação dos participantes do Retiro Cultural Shanenawa.
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Dia 16/07 (Sexta-feira).
8h: Café da manhã.
9h: Live de contos da cultura Shanenawa e suas tradições.
10h: Pintura Corporal.
12h: Almoço.
14h as 16h: Cantorias Shanenawa e pintura corporal.
18h: Jantar.
20h: 1° Cerimônia Shanenawa com Uni. (Ayahuasca).
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06h: Café da manhã.
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Dia 17/07 (Sábado).
Manhã livre
12h: Almoço
14h as 16h: Feira de Artesanato e Apresentação de danças tradicionais.
18h: Jantar.
20h: 2° Cerimônia Shanenawa de Uni.
(Ayahuasca)
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06h: Café da manhã.
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Dia 18/07 (Domingo)
Manhã livre.
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12h: Almoço.
13h: Feira de Artesanato e Recreação.
20h: Jantar.
21h: Encerramento do Retiro e considerações finais de todos.
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Dia 19/07 (Segunda-feira).
8h: Café da manhã
Retorno da Comitiva Shanenawa e dos participantes.
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📌 Solicitamos reservas antecipadas pelo ZAP: (68) 99922-2313.
Vagas limitadas!
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📌 Estamos trabalhamos com a capacidade reduzida, cumprindo todos os protocolos de segurança COVID-19.
SHANENAWA.
"Nós somos o povo Shanenawa que significa 'Povo do pássaro azul'. É um pássaro muito bonito que existia e que hoje está em extinção. É pela raridade dele que nós também somos raros; é por isso que o povo Shanenawa só tem um no Acre e também não tem em nenhum outro lugar do Brasil.
Até 1990 o povo Shanenawa era conhecido como Katukina, depois que se viu que nós não somos Katukina, nós somos Shanenawa. Nós estamos localizados na Terra Indígena Katukina-Kaxinawá, no município de Feijó. Estamos em 8 aldeias e aproximadamente 800 pessoas". ( Francisco Francineldo Batista Brabdão, Professor indígena)
História
O povo Shanenawa morava nas margens do rio Juruá. Nosso povo brigava muito com outros povos distantes. E a nossa história diz que o nosso povo brigou com outra aldeia do mesmo povo Shanenawa. Então a maioria dos Shanenawa subiu o rio Juruá, passou pelo Peru (morou muito Shanenawá por lá), enquanto a minoria atravessou o rio Juruá e chegou até o rio Tarauacá e rio Muru. Isto foi antes do contato com os brancos.
Meu avô conta como foi o primeiro contato dele com os brancos. Ele viu um rastro grande de homem branco. Ele pastorou, até que o homem branco apareceu pra ele. O homem mostrou o chapéu e perguntou se ele o queria, então fizeram a troca: o meu avô lhe deu um chapéu de pena e o homem deu a ele o seu chapéu. Depois que fizeram a troca, ele falou: "Daqui a dois dias eu venho te encontrar". Quando o seringueiro vinha, trazia tabaco - que meu avô chamava 'tamaco'. Em troca, os índios levavam para ele carne moqueada, coxa de veado, de paca. Depois disso o seringueiro passou a trazer terçado, espelho. Foi assim que começaram os contatos.
O primeiro seringal onde eles moraram foi o Seringal Simpatia, no rio Envira. Este seringal era dominado pelo que eles chamavam de 'paulistas'. Eles queriam escravizar os índios, queriam que eles aprendessem a cortar seringa e carregassem borracha, mas para eles isto não era bom. Então se mudavam e baixavam para outro seringal. O último seringal onde eles moraram foi o São Francisco que fica a mais ou menos três dias de baixada do Simpatia e uns cinco dias de subida, então é muito distante.
De lá (Seringal São Francisco), eles vieram pra Feijó que, na época, era um pequeno vilarejo. Eles ficaram em um seringal em frente à cidade. Dali não tinha como baixar mais. O seringalista, chamado Valdemar Probem, permitiu que os índios morassem ali. Ele gostava, porque os índios faziam roçados e quando ele queria, ele pedia: "Eu quero uma macaxeira para comer, vá lá e pega! "
Isto foi no tempo do governador Joaquim Falcão Macedo. Os índios moravam num pedaço de terra bem pequeno e o governador deu uma terra maior; além do seringal, ele ampliou mais um pedaço de terra. A FUNAI não existia nesse tempo.
Fonte: CPI-Acre